sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O complexo que permeia o simples


(Hoje acabou a luz aqui nas redondezas. Tudo ficou escuro de repente. Sorte a minha que enxergo melhor do que vocês. Mas me peguei pensando enquanto andava pela casa “por que enxergo essas coisas desse jeito? Como é o mundo se eu ficar de olhos fechados? Ele existe? Ou ele se forma, repentinamente, a cadê vez que eu abro os olhos?")


As luzes que adentram a sala, difusas, se embaralham em padrões aleatórios e esbarram em objetos e anteparos que encontram pelo caminho.

Que sei eu delas, e o que elas são pra mim além de raios, ondas ou seja lá qual outro padrão físico que invade meus olhos, sem a minha permissão prévia, e me permite enxergar o que me rodeia?

Quiçá enxergasse eu o que realmente é o mundo em si. Que enxergo eu além de reflexo?

O mundo, tal como o vemos, é um reflexo de alguma coisa, por definição.

E o padrão complexo de comportamento da luz é capaz de nos dar detalhes mínimos de cada coisa que nos rodeia.

A desordem que promove a ordem.

O caos que organiza.

A complexidade que transmite a idéia absurda de (uni)linearidade.

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